POSTULAÇÃO PARA JOGOS OLÍMPICOS EM SÃO PAULO 2012, 2003
com paulo mendes da rocha, mmbb, piratininga, metro e eduardo colonelli
Considerações gerais
Diante dos conflitos do século XX aidéia das Olimpíadas sustentou uma experiência e uma expectativa permanente de um encontro de aproximação, confraternização e conhecimento entre todos os povos do mundo. Sua existência, enquanto instituição, cria um organismo insubstituível empenhado na construçãoda Paz, o Comitê Olímpico Internacional.
Os Jogos Olímpicos são, por razão desta política, sediados de modo oportuno em determinados pontos estratégicos do planeta e identificam a cidade como a mais alta expressão dos ideais da humanidade.
Demonstrar as virtudes, para a vida futura dacidade, enquanto reivindica o privilégio de hospedar os Jogos Olímpicos de2012, é o objetivo principal deste projeto apresentado por São Paulo. Em nome também do prestígio das Olimpíadas.
No sentido contrário ao de uma cidadela Olímpica como fato isolado, inconveniente ou distante, na estrutura física urbana própria dacidade, o desejo que oriente este projeto estratégico-espacial é o de ver, ao arrumar a nossa casa para receber os desejados visitantes, um pretexto para incentivar e desencadear antigos e insubstituíveis projetos de consolidação íntegra do sistema complexo e estrutural de engenharia urbanística de São Paulo. Um estímulo muito proporcional e cômodo, enquanto evento, para os doze milhões de habitantes que vivem aqui seu dia a dia.
O plano visa abrigar as Olimpíadas 2012 no Coração da Cidade. No seio do seu traçado enérgico, já nos tempos modernos – industrial e saneado – das vias férreas e rodoviárias. Onde há a efetiva estruturação de áreas urbanas, por contradição hoje degradadas como em todas as cidades fortes do mundo. Pátios ferroviários e instalações industriais em transformação, águas poluídas, indesejáveis e inesperados espaços vazios. Urbanizando áreas abandonadas, construindo casas, edificando novos complexos destinados ao lazer, cultura, saúde e educação, no interior desta trama urbana.
São os canais dos Rios Tietê, Pinheiros e Tamanduateí, as ferrovias e o sistema rodoviário submetidos à geografia e associados agora ao sistema, em expansão, do metrô que orientam o desenho do plano. Por esta razão, histórica, foram organizados os recintos das instalações para os Jogos Olímpicos em posição estratégica e com conseqüente valor também quanto ao reviver oportuno de memórias e aspectos riquíssimos da cultura do esporte e da recreação do paulistano. A despoluição adequada das águas, o estabelecimento de um equilíbrio hidrológico na região destes rios e uma navegação de sustentação está prevista nos planos da cidade como obras urgentes, assim também como novas travessias e transposições, reintegrando áreas divididas no primeiro instanteda implantação daquelas benfeitorias inaugurais.
1– Ao longo do Rio Tietê, 3 km adiante para oeste, na região da Água Branca, junto a inúmeras instalações institucionais e públicas como Parque Antartica, Sesc–Pompéia, Memorial da América Latina entre a calha do Rio Tietê e entre duas estações da ferrovia urbana; ligação com o Aeroporto Internacional deGuarulhos:
Vila Olímpica
Estádio Olímpico
Ginásio III
Praça das Bandeiras
Área de Treinamento
2– Ao longo do Rio Tietê na confluência com a Avenida do Estado, Avenida Santos Dumont e Avenida Cruzeiro do Sul, junto ao metrô na desembocadura doTamanduateí no Tietê, na Ponte das Bandeiras e áreas do complexo Anhembi, junto ao Campo de Marte:
Complexo Aquático
Ginásio Olímpico
Centrode Mídia
Centro Logístico
Vilade Mídia
3- Na confluência do Tietê com o Rio Pinheiros e adiante para leste pelo Rio Pinheiros, ao longo da Ferrovia. Parque Villa-lobos – Cidade Universitária:
Complexo esportivo do Tênis e Ginásio II
Adequação do Centro de Práticas Esportivas da Universidade de São Paulo
Vilade Juízes
4– No Parque Ecológico do Tietê, junto com ampla visual para a ligação com o Aeroporto Internacional de Guarulhos:
Raia Olímpica de Remo
5– Na Represa de Guarapiranga:
Hipismo
Tiro Esportivo
Volei de praia
local são paulo, sp
projeto 2003
coordenação urbanística jorge wilheim
coordenação dos projetos urbanos josé magalhães júnior
equipe técnica da coordenação de projetos
arquitetos coordenadores sempla, operações urbanas celso franco, daniel montandon, david ventura, felipe francisco de sousa, marcelo bernadini;
emurb, operações urbanas vladir bartalini
consultores hani ricardo barbara, fábio barbara
arquitetos marcelo santos, natasha mincoff menegon
estagiários bárbara camila toaliar, danilo ribeiro cardoso terra
consultoria de recursos hídricos da região metropolitana
diretor-presidente da fundação agência da bacia do altotietê julio cerqueira cesar neto
projetos de arquitetura e urbanismo
arquiteto paulo mendes da rocha
coordenadores cristiane muniz, eduardo colonelli, fábio rago valentim, fernanda barbara, fernando felippe viégas, fernando de mello franco, guilherme wisnik, josé armênio de brito cruz, josé francisco xavier magalhães, marta moreira, martin corullon, milton braga, renata semin, sérgio kipnis
colaboradores anna ferrari, anna helena villela, césar shundi iwamizu, cintia pinheiro attis, clóvis cunha, cristina de brito marini, eduardo chalabi, eduardo ferroni, eduardo gurian, elena olaszek, fabiana terenzi stuchi, felipe noto, gustavo marchetti panza, gustavo cedroni, lucia noemi hamburger, isabel alcântara e silva, jimmy efrén liendo terán, maria júlia herklotz, mariana felippe viégas, paula cardoso, rodrigo yoichi freitas ito, silvio oksman
estagiários boris koischwitz, carolina castroviejo ribeiro, carolina de brito aranha cagno, carolina segurado de camargo castro, hugo amaro, josé paulo neves gouvêa, marina colonelli, murilo da costa carvalhaes, paula pollini, renata vieira, tiago martins
modelo eletrônico roberto klein
maquete josé paulo gouvêa e gaú manzi
fotografia bebete viégas