PARQUE OLÍMPICO RIO DE JANEIRO, 2011

PARQUE OLÍMPICO RIO DE JANEIRO 2016

CONCURSO INTERNACIONAL PARA O PLANO GERAL URBANÍSTICO

“O que atrai na região é o ar lavado eagreste, o tamanho – as praias e dunas parecem não ter fim -, e aquela sensaçãoinusitada de se estar num mundo intocado, primevo. Assim o primeiro impulso instintivo,há de ser sempre o de impedir que se faça lá seja o que for. Mas por outrolado, parece evidente que um espaço de tais proporções e tão acessível nãopoderia continuar definitivamente imune, teria de ser, mais cedo ou mais tarde,urbanizado.”

Lucio Costa, Plano Piloto para Urbanização daBaixada compreendida entre a Barra da Tijuca, o pontal de Sernambetiba e Jacarepaguá,1969.

INTRODUÇÃO: DUAS ESCALAS DISTINTAS

O desafio lançado pelo concurso é que seencontre solução urbanística adequada a um programa de caráter internacional,como talvez se imagine, mas o que está concomitante e verdadeiramente em jogo éa própria estruturação da vida urbana após o evento, privilegiando a populaçãoda cidade, assim como a valorização da estrutura natural existente. São doisproblemas distintos e de escala diferentes, que se entrosam.

O problema consiste então em encontrar afórmula que permita conciliar a urbanização na escala que se impõe, com a salvaguardadas peculiaridades da cidade que será, e da paisagem que importa preservar,como vaticinou Lucio Costa.

A ideia principal deste projeto é proporcionar à cidade do Rio deJaneiro, sobretudo no local onde se implantará o “Parque Olímpico”, um espaçogeneroso e aberto à urbe, facilmente usufruído, articulado tanto com a novainfraestrutura urbana como com os elementos urbanos a serem implantados.

Não fazer objetos autônomos, por mais cômoda que seja estaatitude, mas pensá-los como elementos de uma nova experiência urbana quepressupõe o diálogo e a convivência. Propõe-se projetar o conjunto semfragmentar o tecido urbano e com a ideia que a arquitetura não subtrai, separaou resguarda, mas adiciona, agrega e regenera o espaço da existência coletiva eda urbanidade.

A aparente complexidade do programa se desfaz quando este éorganizado pelo espaço e pela construção, pela arquitetura.

local rio de janeiro, RJ

ano 2011

arquitetura cristiane muniz, fábio valentim, fernanda barbara, fernando viégas, álvaro puntoni, andré nunes, edgar mazo, joão sodré, joão yamamoto, luciano margotto, luis callejas, sebastia mejia