CIESP ARARAQUARA, 2009

Novas Sedes Regionais do CIESP / FIESP, 1º prêmio em concurso por convite

As novas sedes do CIESP irão compor uma rede de edifícios em diversas cidades associando à atuação da instituição uma arquitetura de presença destacada. O projeto proposto se adapta a diferentes terrenos através da construção de uma paisagem interna própria, ao redor de um pátio. Relaciona-se com o entorno a partir da construção horizontal translúcida e do volume vertical opaco, onde se avista a identificação da Instituição.

O conjunto está levemente elevado do chão, garantindo a acomodação necessária a eventuais declives de sítios ainda não definidos. O acesso é feito por escadas e rampas suaves que possibilitam acessibilidade universal a todos os espaços.

A execução das obras definiu a estratégia que considera duas fases, contemplando-se, assim, a necessidade de expansão de algumas sedes. Para tanto o arranjo de dois volumes independentes, porém complementares, concilia as etapas de obra com pouco transtorno no momento da ampliação. A primeira construção recebe fechamento externo em material translúcido, e abriga, ao redor do pátio, administração, diretoria, salas de treinamento, reuniões e exposições. Durante o dia o painel de fachada protege o interior e à noite se transforma em lanterna.

A segunda edificação será em concreto aparente, conformando um volume opaco que abriga o auditório para 180 pessoas, equipado com cabine de projeção, controle de luz, som, e sanitários. As sedes maiores serão construídas com os dois volumes completos. As sedes menores funcionarão primeiramente no bloco translúcido, incluindo o auditório para 100 pessoas, e poderiam se expandir com a construção do bloco opaco.

A praça interna oferece as melhores condições de controle térmico e acústico. Os ambientes se voltam para dentro e possibilitam que a fachada externa seja contínua e reconhecível, sem a descaracterização ao longo do tempo. É o movimento das pessoas circulando que estabelece a comunicação com a cidade. Nesse pátio o paisagismo produz um ambiente sombreado, com árvores e água, adequado ao descanso, festas e recepções.

O projeto se propõe exemplar quanto à sustentabilidade. A luz natural está garantida em todos os ambientes, diminuindo o consumo de energia para luz artificial. As trocas de ar feitas pela ventilação cruzada também favorecem a economia de sistemas artificiais de climatização. Quando esses forem necessários, em função da localização da cidade e das temperaturas, seu uso poderá ser reduzido, gerando economia de recursos. O plantio generoso envolvente procura proteger do sol direto toda a edificação, equalizando as diversas orientações das fachadas. Por fim, o aproveitamento das águas de chuva irá reabastecer todo o sistema de bacias e manutenção de jardins.

Todos os materiais utilizados foram escolhidos para facilitar a manutenção, tendo em vista suas características originais e facilidade de reposição. A preocupação econômica, com emprego de materiais e técnicas construtivas comumente encontradas na indústria da construção civil, guiou o desenho.