CASA 239, 2012

Prêmio de Arquitetura 2019 Instituto Tomie Ohtake AkzoNobel

Prêmio Mies Crown Hall Americas Prize MCHAP – 2018, projeto Outstanding

Prêmio Panamericano BAQ2020

Uma casa desenhada para uma família determinada, mesmo que sempre se imagine o projeto adequado a qualquer pessoa. Mais feminina que masculina, a casa abraça uma jabuticabeira de cinco décadas, no centro do lote. Forma-se aí um pequeno pátio para onde se voltam quase todos os ambientes, varanda, sala de estar, jantar, cozinha, sala de estudos e um dormitório. As inflexões dos dois braços buscam vistas aproximadas da árvore e também vistas sobre si mesma, como duas pequenas casas que se olham. Os dormitórios das crianças recebem o sol da manhã, na mesma face em que uma dobra na parede de concreto define a entrada da casa. Também já estavam lá, nas bordas do terreno, outras árvores de grande porte, Tipuanas,Jerivás, Palmeiras e Pitangueiras. Para desfrutar dessa paisagem da copa das árvores, junto com as vistas da cidade, há uma piscina e um terraço que ocupam toda a cobertura.

O pátio, o volume recortado, envidraçado para o interior é a primeira unidade da Escola do Porto (e outros Sizas). O pátio desejaria (o mais profundo desejo) ser Aalto (Muuratsalo). A piscina lembra, sem lembrar, a Villa Dall’ava e um pouco a cobertura da casa Millan. A circulação em ponte é a Maison La Roche, podendo aqui se voltar apenas para uma fresta, interna à casa. Quer lembrar também as casas do Artigas (a Baeta!). Mas o Artigas está sobretudo no desejo de acertar a escala dos espaços.

Os caixilhos são irregulares, com grandes superfícies em madeira como na Maison Jaoul, querem ser uma grelha, que faz a mediação entre o espaço interno e externo, como na casa Curutchet. Os montantes são largos e altos, como fez Louis Kahn (Esherick House). Láo s pés direitos são duplos, o caixilho é único, aqui o caixilho busca de um outro modo a unidade vertical.

A sala de jantar, aberta para todos os lados, vem da memória das pequenas casas do Breuer no Cape Cod.

O espírito deseja ser da casa dos Eames e do Sérgio Fernandes em Caminha.

São as casas que nos habitam.

local são paulo, sp

projeto 2012

arquitetura UNA arquitetos: cristiane muniz, fábio valentim, fernanda barbara, fernando viégas

colaboradores  joaquin gak, henrique te winkel, marcos bresser, otávio filho, pedro ivo, rodrigo carvalho pereira

construção adm. e resp. técnica eng. antonio nogueira

estrutura cia de projetos

instalações zamaro

impermeabilização proassp

esquadrias e marcenaria marcenaria da fazenda

luminotecnia ricardo heder

paisagismo soma arquitetos

fotografia nelson kon